DSpace at My University FLSC - Faculdade de Letras e Ciências Sociais FLSC - História
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dc.creatorMandlate, José Cláudio-
dc.date.accessioned2022-02-10T11:56:05Z-
dc.date.issued2004-04-29-
dc.identifier.urihttp://monografias.uem.mz/handle/123456789/2338-
dc.description.abstractThe exploitation of large plantations requires large amounts of skilled and unskilled labour. With the founding, in April 1898, of the Buzi Company, a Portuguese company with interests in the agro-industry of sugar and cotton, livestock farming, lime production and other areas, thousands of adult and underage African peasants from central, southern and northern Mozambique were forcibly recruited by the Colonial State and forced to work periodically for the company, in return for payment by the latter of a fee for each worker recruited. Because of the cost of maintaining these workers, from 1927 the Buzi Company began to transfer its land and the responsibility for producing sugar cane to Portuguese farmers it subsidised. From 1941, the company began to buy cotton from African peasants in Buzi, who were forced to cultivate it by the Colonial State. The evolution of the internal and external political situation, that is to say, the accentuation of the critical voices to colonialism, forced the Portuguese Colonial State to make retreats in its policy. Among these setbacks, the banning of forced labour and forced crops in 1961 and the placing of restrictions on the employment of minors in 1962 are worth mentioning. Faced with the new situation, the Buzi Company almost divested itself of its responsibility for sugarcane production, especially by tripling the number of farmers with whom it cooperated in 1966. The reforms decreed by the Colonial State did not curb the internal anti-colonial struggle, which culminated with the overthrow of the Colonial State in 1975. After the fall of the Colonial State, the labour recruitment structure of Companhia do Buzi underwent a process of continuous change. The recruitment of workers from Nampoula and Tete was ended and replaced by others recruited in the neighbouring districts of Buzi. The employment of minors came to an end and the employment of women began. It also saw the beginning of the hasty departure of the sugarcane farmers and the end of algadon production. On 20 November 1978, the State intervened in the Company, whose management was accused of carrying out 'economic sabotage'. In the same year, the Company started producing various fruit and vegetables. From 1980, the Buzi district and the Company began to be affected by armed conflict, whose impact worsened from 1982. In response, the Company militarized its workforce, intensified the "voluntary workdays" and admitted, with the help of the state, forced workers recruited through "Operation Production". These solutions, which aimed, on the one hand, to maintain the flow of labour and, on the other, to avoid reducing the extent of land exploited by the Company, had no effect, as the company was forced to operate on an increasingly narrow fringe of territory. As a result, the Company began to be inefficient and the state closed the sugar factory in 1991. Meanwhile since 1990 the company had been trying to relaunch agricultural production through a timid return to the old colonial agricultural production structure. (TRADUÇAO NOSSA)pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Eduardo Mondlanept_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectProdução agrícolapt_BR
dc.subjectRecrutamento de mão de obrapt_BR
dc.subjectCompanhia do Buzipt_BR
dc.titleA companhia do Buzi em transição: uma abordagem sobre as transformações no recrutamento de mão de obra e na estrutura de produção agrícola da empresa, 1961-1991pt_BR
dc.typeTrabalho de Conclusão de Cursopt_BR
dc.contributor.advisor1Neves, Joel das-
dc.description.resumoA exploração de grandes plantações exige grandes quantidades de mão de obra, qualificada e não qualificada. Com a fundação, em Abril de 1898, da Companhia do Buzi, empresa portuguesa com interesses nas áreas da agro-indústria do açúcar e do algodão, pecuária, produção de cal e outras, milhares de camponeses africanos adultos e menores de idade do Centro, do Sul e do Norte de Moçambique, foram recrutados à força pelo Estado Colonial e obrigados a trabalhar periodicamente na empresa, a troco do pagamento, por esta, dum valor-por cada trabalhador recrutado. Por causa do custo de manutenção destes trabalhadores, a Companhia do Buzi começou, a partir de 1927, a transferir as suas terras e a responsabilidade da produção de cana sacarina a agricultores portugueses por ela subvencionados. A partir de 1941, a empresa começou a comprar algodão a camponeses africanos do Buzi, que o cultivavam à força, obrigados pelo Estado Colonial. A evolução da situação política interna e extema, isto é o acentuar das vozes críticas ao colonialismo, forçou o Estado Colonial português a fazer recuos na sua política. Desses recuos merecem destaque o banimento do trabalho forçado e das culturas forçadas em 1961 e a colocação de restrições ao emprego de menores em 1962. Colocada perante a nova situação, a Companhia do Buzi quase se desfez da sua responsabilidade da produção de cana sacarina, principalmente, ao triplicar o número de agricultores com quem cooperava em 1966. As reformas decretadas pelo Estado Colonial não refrearam a luta anti- colonial interna, que culminou com o derrube do Estado Colonial em 1975.. Depois da queda do Estado Colonial, a orgânica do recrutamento de mão de obra da Companhia do Buzi conheceu'um processo de mudança na continuidade. Terminou o recrutamento de trabalhadores de Nampoula e de Tete, que foram substituídos por outros^ recrutados nos distritos vizinhos do Buzi. Terminou o emprego de menores e iniciou o emprego de mulheres. Assistiu-se também ao início da saída precipitada dos canavieiros e ao fim da produção de algadão. A 20 de Novembro de 1978, o Estado interveneionou a Companhia, cuja administração foi acusada de estar a fazer ‘sabotagem econômica’. No mesmo ano, a Companhia começou a produzir hortofrutí colas diversas. A partir de 1980, o distrito do Buzi e a Companhia começaram a ser atingidos pelo conflito armado, cujo impacto se agravou a partir de 1982. Na resposta, a Companhia militarizou a sua força de trabalho, intensificou as ‘jornadas de trabalho voluntário’ e admitiu, com a ajuda do Estado, trabalhadores forçados, angariados através da ‘Operação-Produção’. Estas soluções, que visavam, por um lado, manter o fluxo de mão de obra e, por outro, evitar a redução da extensão de terra explorada pela Companhia não suturam efeito, visto que a empresa foi forçada a operar- numa cada vez mais estreita franja de território. Em consequência, a Companhia começou a ser ineficiente e o Estado encerrou a fábrica de açúcar em 1991. Entretanto, desde 1990 que a empresa vinha tentando relançar a produção agrícola, através dum tímido regresso à antiga estrutura de produção agrícola colonial.pt_BR
dc.publisher.countryMoçambiquept_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Letras e Ciências Sociaispt_BR
dc.publisher.initialsUEMpt_BR
dc.subject.cnpqCiências Humanaspt_BR
dc.subject.cnpqHistóriapt_BR
dc.description.embargo2022-02-09-
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