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Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Metodologias de crédito agrário no Chókwè, 1954-2001
Autor(es): Calane, Alícia da Silva
Primeiro Orientador: Sem Nome
Resumo: Os créditos agrícolas foram inicialmente concedidos com vista a apoiar a fixação dos portugueses recém-chegados ao Regadio do Chókwè, como colonos, em 1954. Sob pressão das políticas internacionais e internas, apenas em 1959 os camponeses naturais da região começaram a ser admitidos no Colonato do Limpopo, sob algumas condições impostas pelo governo colonial. Na condição de colonos, os produtores moçambicanos, dentro do Regadio, passaram a ter acesso aos créditos agrícolas nas mesmas condições que os colonos portugueses. Estes créditos eram concedidos por instituições creditícias, criadas pelo governo colonial, com o objectivo apoiar os, agricultores no desenvolvimento da agricultura e fortalecer a economia portuguesa na metrópole. No entanto, a outra categoria de produtores, os “camponeses em fruição de gleba”, beneficiavam a penas dos créditos concedidos pelos cantineiros de Chókwè. Com a Independência, o sistema colonial foi dissolvido e o sector privado nacionalizado, incluindo machambas e a banca, dando lugar a uma nova política de desenvolvimento nacional, que tinha como.base a agricultura. Deste modo, na sequência do II Congresso do Partido FRELIMO, em 1977, a população foi concentrada em aldeias comunais, foram criadas machambas estatais e cooperativas de produção agrícola, com o objectivo de colectivizar a população. Neste período, o BPD ficou responsável pelo desenvolvimento, tornando-se no principal financiador da agricultura. Porém, embora estivesse previsto o financiamento das machambas privadas e do sector familiar, a maior parte dos créditos foi para as machambas estatais que, pela falta de experiência do pessoal técnico e gestor, faliram e foram redistribuídas pela população. Em meados da década de 80 e de 90, houve uma^^?(eformulação na política existente, que significou a transformação de uma série de mecanismos de produção, comercialização e, principalmente, de actuação do mercado financeiro. Verificou-se um rápido crescimento do sector informal nas cidades e, em menor escala, nos meios rurais. Uma vez que a maior parte da população encontra-se no campo, diversas organizações não governamentais, dentre as quais, algumas viradas para a área de micro-finanças, díreccionou as suas actividades para o desenvolvimento rural, adoptando porém, metodologias diferentes. Porém, por a agricultura ser uma actividade bastante vulnerável e pela incapacidade dos camponeses apresentarem garantias colaterais, fraco apoio é prestado tanto pelo estado, assim como pelas ONGs, de forma a financiar a agricultura. Todavia, o apoio prestado pelas ONGs na concessão de créditos para o comércio nas zonas rurais, é uma forma indirecta de financiar a agricultura, uma vez que a maior parte dos produtos comercializados nestas zonas são produtos agrícolas
Abstract: Agricultural credits were initially granted with a view to supporting the establishment of Portuguese newcomers to Regadio do Chókwè as colonists in 1954. Under pressure from international and internal policies, it was only in 1959 that peasants from the region began to be admitted to the Colonato the Limpopo, under certain conditions imposed by the colonial government. As settlers, Mozambican producers, within Regadio, began to have access to agricultural credit under the same conditions as Portuguese settlers. These credits were granted by credit institutions, created by the colonial government, with the aim of supporting farmers in the development of agriculture and strengthening the Portuguese economy in the metropolis. However, the other category of producers, the “peasants in the fruition of the land”, benefited from the credits granted by the cantineiros of Chókwè. With Independence, the colonial system was dissolved and the private sector nationalized, including macharhbas and banking, giving way to a new policy of national development, which was based on agriculture. Thus, following the Second Congress of the FRELIMO Party, in 1977, the population was concentrated in communal villages, state farms and agricultural production cooperatives were created, with the aim of collectivizing the population. During this period, the BPD was responsible for development, becoming the main financer of agriculture. However, although the financing of private machambas and the family sector was foreseen, most of the credits were for the state farms that, due to the lack of experience of the technical and managerial staff, went bankrupt and were redistributed to the population. In the mid-1980s and 1990s, there was a^^?(formulation of the existing policy, which meant the transformation of a series of mechanisms of production, commercialization and, mainly, of action of the financial market. There was a rapid growth. informal sector in cities and, to a lesser extent, in rural areas. Since most of the population is in the countryside, several non-governmental organizations, among which, some focused on the micro-finance area, directed the their activities for rural development, however, adopting different methodologies. However, because agriculture is a very vulnerable activity and the inability of the peasants to provide collateral guarantees, weak support is provided both by the state, as well as by NGOs, in order to finance the However, the support provided by NGOs in providing credit for trade in rural areas is an indirect way of financing agriculture, since the largest part of the products sold in these areas are agricultural products (TRADUÇÃO NOSSA)
Palavras-chave: Regadio do Chókwè
Crédito Agrário
Colonato do Limpopo
CNPq: Ciências Humanas
História
Idioma: por
País: Moçambique
Editor: Universidade Eduardo Mondlane
Sigla da Instituição: UEM
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Letras e Ciências Sociais
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2218
Data do documento: 2-Nov-2002
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